segunda-feira, 16 de maio de 2016

Dizendo muito. Falando pouco. Viviane Mosé.

Viviane Mosé* diz muito em apenas 16 minutos de fala. Com uma capacidade de síntese e envolvimento intensa, ela discorre sobre a questão humana, envolvendo todos os pólos - desde que receptivos à mudança - através de uma espiral que explica, coordena, convence e encanta, apontando para um plano mais próximo do Infinito.

Mais do que nunca a humanidade precisa de pessoas assim. Pessoas despertas, conscientes de seu corpo, de suas responsabilidades, de sua realidade, da interconexão entre tudo e todos, de sua vida, de seus saberes. Mas acima de tudo, a humanidade precisa de seres humanos perspicazes como essa mulher. Mulher integral, que percebeu que o problema não está em um ou em outro, e sim no Ser humano que não se torna receptivo à FONTE INFINITA. 

A mentalidade hodierna analista tudo de acordo com a dualidade. Isso implica na esquematização da cisão: homem-mulher, pobre-rico, matéria-espírito, etc. Mas como tudo se interpenetra e interdepende, nada será resolvido por definitivo. Enquanto isso o planeta responde e nós agonizamos com crises crescentes, que nos induzem a soluções ineficientes - mais para nossa espécie do que para o planeta.

Muitas (se não todas) palavras externalizadas por ela correspondem exatamente aos meus pensamentos e sentimentos a respeito do mundo interior e exterior. É verdadeiramente uma mulher monista - melhor dizendo, um SER humano monista. 

Há pessoas que estudaram muito, tiveram condições materiais excelentes, viveram e viram muitas coisas, e no entanto se tornaram absolutamente profanas, falando muito e dizendo nada - ou muito pouco. São alguns intelectuais à serviço do poder, que vomitam dados e teorias para justificar a eliminação de um partido, um grupo, uma ideologia e uma forma de vida nova (tentando florescer, de um modo ou de outro). Seu discurso é inflamado de desespero e ódio. Para fazer contraponto a pessoas desse tipo, que se deixaram dominar pelo seu ego luciférico, nada melhor do que as palavras e atitudes de Viviane Mosé, cujas palavras reforçarão mentes retas e sinceras, que no entanto ainda não desenvolveram uma perspicácia plasticamente guiada e intensamente criativa.  



É fantástico ver o desencadeamento dos fatos sob uma ótica universal e profunda. É intensamente doloroso ver a Realidade e abraçá-la para compreendê-la; mas é igualmente intensa a alegria de ver ressurgir desse caos as pessoas mais sublimes, orientadas e destemidas, realisticamente idealistas e idealmente realistas. Isso é o que me faz seguir firme e forte, ora me chacoalhando, ora chacoalhando os outros.

O que Huberto Rohden e Pietro Ubaldi, grandes iluminados de nossos tempos, já viam claramente, está começando a ser visto por nós, meras criaturas em busca do auto-descobrimento que colimará na nossa auto-realização.

Resta saber se a eclosão desse processo de conscientização mínima se dará antes de um colapso social, de civilização, ou será necessário passarmos por uma grande dor antes que se dê essa maravilhosa eclosão. 

A questão ambiental se alia à falta de reflexão (cultura) da sociedade. A ridicularização do místico e do sagrado ainda é uma força que ameaça. Despertaremos de qualquer forma. Isso poderá se dar por bem - esforço nosso - ou por mal - ação inexorável da Lei de Deus através da reação da Natureza.

O neoliberalismo prega tanto o esforço pela melhora, pelas dificuldades, pelas superações. Está na hora dele demonstrar estar à altura do que tanto apregoa em suas propagandas - eu já sei que ele não o fará...pois suas bases axiomáticas estão erodindo (o princípio de que o ser humano só que para si e está separado do Universo) e suas finalidades destruindo (acumular infinitamente num mundo finito).

A sapiência se constrói na vida (aqui ou em outro plano), através da dor, perdendo tempo com coisas inexistentes (ainda!).

Isso eu constato. Isso eu propago.



* https://pt.wikipedia.org/wiki/Viviane_Mos%C3%A9

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