sábado, 16 de abril de 2016

A Grande Batalha

Diagnóstico integral de Eduardo Marinho.
http://observareabsorver.blogspot.com.br/2016/04/amanha-se-arrisca-mais-um-governo.html

O texto abaixo é um complemento meu.

Quem ganha num processo político que envolve toda sociedade é sempre o Poder financeiro-corporativo-midiático...

Muitas pessoas estão brigando apenas pela manutenção de um governo que se tornou um zumbi completo do câncer neoliberal. Acreditam que é possível ampliar e aprofundar mudanças dentro do paradigma da "democracia"-capitalista, subsidiada pelo universo das finanças...

Outras brigam para retirar não uma pessoa ou partido, mas um símbolo, um ideal, uma tarefa, para que possam manter tudo como era antes, com os miseráveis excluídos e explorados; não querem transforar a si mesmos ou o Brasil ou o mundo. Querem apenas descarregar sua incapacidade de lidar com o diferente; não querem competir consigo mesmo.

Devo dizer que o verdadeiro inimigo sempre foi o ego luciférico, que esmaga qualquer possibilidade de florescimento de consciência crística. Ele está em mim, em ti, em todo humano e a batalha que devemos lutar é contra o egoísmo e competição. É claro que todo esse luciferismo se institucionalizou de forma segura e poderosa em grupos que operam subterraneamente e se infiltraram em todas esferas da vida: mega-corporações e bancos - apoiados por um aparato midiático-jurídico corrompido pelo passado, pelo status, prisioneiros de uma forma mental que não assimilou a plasticidade necessária para evoluir.

Assim como Ubaldi, todos passaremos
pela Grande Batalha. Primeiro interior,
depois contra o exterior, que quer
escravizar os muitos interiores que
devem ser despertados pelo interior
despertado...
Devo também acrescentar que se trata de um ódio daquele que é diferente. E de uma incompreensão da dificuldade em se transformar um país para melhor. Dificuldade porque parece não haver jeito de mudar a vida de milhões, para melhor, em prazos de 10, 15, 20 anos, sem usar os métodos do mundo.

E eis que surge a grande charada: o que fazer então? Agir ou não?

Muitos julgam sem saberem que estão servindo de ferramenta para grupos políticos; e estes brigam sem saberem que quem realmente dita as regras do jogo, sustentando um paradigma falido, são o 1%, que determinam o que você vai fazer da vida, como vai fazer, quais as metas, o que deve ser felicidade, etc. É tão perverso quanto difícil de entender. A mente intelectual dificilmente sairá desse labirinto. Devemos despertar a mente intuitiva-sintética antes que seja tarde demais...

Por não desejarmos entrar num mínimo conflito para aprofundar um tema, adiamos nossa evolução e esclarecimento. Temos tanto medo de expor, de agir, de mudar, de refletir sobre o porquê de nossas atitudes e teorias e sentimentos que caímos numa espiral de desespero que só se alivia (momentaneamente) com o consumo de idéias relativas (frouxas), de bens estúpidos, de serviços viciantes e de papos egoístas. Caímos nos jargões. Somos que nem robôs. Queremos nos garantir sempre para podermos ficar na zona de conforto. A esperteza impera. E a melhor delas é a do tipo "vencedor", que rouba, engana e se satisfaz de forma elegante, sutil e planejada. Vale dizer que esse modo de operar causa muito mais mal do que a fera humana que faz tudo isso desmensuradamente, sem planejamento. Porque os efeitos do intelecto são mais destrutivos do que aqueles dos instintos animais.

Estamos diante de uma encruzilhada global: ou despertamos o Logos Crístico, ou iniciamos um longo período de dor e sofrimento - desnecessário, vale dizer.

Tudo isso porque não nos preocupamos com o Verdadeiro Trabalho: desvendar os mistérios do imponderável, das relações humanas e da ascese mística. Usando nosso dia-a-dia. Quando nos vemos diante duma dificuldade recorremos aos artificialismos aliviadores, que nada fazem a não ser nos iludir um pouco, e em seguida chupar nossos recursos, energias e capacidades para manter um sistema completamente falido operando. E assim mais nos afundamos. Crises constantes com pseudo-soluções.

Nunca se mexe no que interessa: o Poder. Por que? Porque temos medo, primeiro. Depois, porque fomos adestrados a assumir como natural priorizar sempre a economia, as aparências, os laços sociais e a posição de conforto (coisas do ego mental-emocional, e não da afinidade espiritual e indivisa). Não queremos evoluir de verdade. Como consequência, não desejamo transformar integralmente e definitivamente a sociedade. Queremos apenas uma solução temporária que satisfaça nosso micro-relativo trinômio história-meio-personalidade. Nosso Ser indiviso sempre é enganado, deixado de lado.

Nós somos preguiçosos. Precisamos tomar vergonha na cara e admitir isso. Depois precisamos começar a praticar o que tanto pregamos: o diálogo. Defender o direito de todos darem sua opinião, mesmo que seja completamente diversa da nossa. Precisamos sentir o transformismo que rege não apenas a matéria e a energia, mas o ser humano e suas instituições. Devemos descobrir o que é Equilíbrio e com isso passar a aplicá-lo integralmente, eliminando os excessos e a escassez simultaneamente. A verdadeira riqueza é o caminho do Meio, porque se ter em escassez inibe a atuação no mundo, ter em excesso vicia e afoga, dispersando o trabalho do espírito em esclarecer e gerar luz. 

Rico é ter o necessário às suas potencialidades e saber usá-lo.
Pobre é cair na ilusão de que precisamos ser famosos, atraentes, muito instruídos e ricos para atingirmos a felicidade.

Sinto que temos muito pouco tempo para despertar. Os escritos desse blog apontam para esse mesmo tema de variadas formas. Não há caminho fácil para conquistas efetivas. E quando me refiro a dificuldade, quero dizer MUITOS obstáculos que podem acabar com tua reputação, "amizades", fluxos ($$$), e até sua própria integridade. Mas quanto mais deixamos de fazer o mínimo que muitos sábios pedem, mais perto chegamos no máximo que obrigatoriamente deveremos fazer para evitar o pior.

Como vocês veem, quanto mais adiamos, mais é exigido pelas forças cósmicas. Por isso eu não canso. Isso não é uma ameaça. É uma visão profundamente sincera e bem intencionada.

O que se dará amanhã pouco interessa qual for o resultado, A ou B. O que realmente importa é que na humanidade e no Brasil iniciou-se uma transformação que está sendo fortemente reprimida globalmente por poderes subterrâneos, que usam o Estado como fantoche para suas ações. São os Bancos, as Corporações e seus capengas da Grande Mídia, que supostamente representam o interesse do povo, mas tem suas diretrizes centrais estabelecidas em reuniões de altíssima cúpula, cujos participantes são as pessoas mais ricas e poderosas do mundo. Compreenda-o quem o puder.

Eu imagino que muita gente caia na forma mental de taxar essas ideias de radicais, comunistas, socialistas e etc. Não posso perder tempo explicando o transformismo humano para quem nem sequer entende o mundo da razão - estão preso nas paixões travestidas de razão... Estes devem assimilar toda obra vertida nesse blog ao longo dos últimos 3 anos. Mas posso dedicar um tempo para aqueles(as) bem intencionados, que sabem da calamidade humana em seu aspecto íntimo e coletivo, e que desejam superar o atual estágio evolutivo. Quem leu os textos, assimilou-os e compreendeu a mensagem subliminar contida nas palavras sabe do que estou falando e tem a oportunidade de inicar uma verdadeira transformação (são poucos, pouquíssimos...mas isso vale muito para as forças do Alto). Monismo é isso. Combinar as antíteses de forma dinâmica.

O meu próprio trabalho aqui, meu incessante esforço em combinar idéias, tentar entender minhas atitudes, ser sincero e estar em constante atividade atesta que se trata muito mais do que mera imposição de um relativo. Trata-se sobretudo de realizar a união que nos torna mais completos, e portanto mais íntegros e sábios. Para a Vida.

Um ideal, quando desce ao mundo, ao ser implementado pela 1a vez, sofrerá inúmeras degradações. Primeiro porque o receptor-aplicador terá de adequá-lo à sua forma mental; segundo porque ao implementá-lo institucionalmente e coletivamente, o mundo tenderá a fazer uso desse ideal para proveito próprio, degradando-o ainda mais, levando a desentendimentos e gerando distorções, de tal forma que num dado ponto muitos acreditarão que o ideal é nefasto (o que é um paradoxo!), e o melhor é viver o mundo real...É justamente aí que começa a degradação humana, com todos seus adiamentos e confortites travestidos de "trabalho útil e sério". Cuidado !

Não escrevo para brincar. Nem por erudição. Muito menos para impor. Minha existência é permeada de dores - e isso não é uma lamentação. Mas elas servem para minha purificação. Seja minha situação afetiva, física ou financeira ótima, boa, média, má ou péssima, percebo que fico cada vez menos refém das circunstâncias, me focando na essência dos fenômenos. Isso garante a concentração e a eficiência. Assim como uma paz interior que só se fortalece com o tempo. Uma série de eventos ocorridos na minha vida parecem atestar algo...São "coincidências" que me removeram dum rumo ao abismo, me guiando serenamente para praias seguras, com recursos certos. Me refiro não apenas ao material, mas ao afetivo e mental. Isso confirma os dizeres do Mestre: quanto mais possuímos, maior nossa responsabilidade. Mas para esses milagres ocorrerem devemos nos auto-tensionar. Infelizmente poucos estão dispostos a "perder seu tempo" nessa jornada interior, loucamente sincera, intimamente intensa, racionalmente controlada, retamente orientada - apesar de muitos anos serem desperdiçados num trabalho alienado que leva a consumo conspícuo.

Esse é o Drama Multimilenar da humanidade...

Compreenda-o quem o puder,

Antes que seja tarde...

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P.S.: O vídeo abaixo é uma entrevista ao Eduardo Marinho. Ele diz tudo falando pouco. Vai ao cerne da questão, que não é pauta dos noticiários nem das rodas de conversas nem dos especialistas.

https://www.youtube.com/watch?v=xU1oRSmllnY
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